segunda-feira, 28 de julho de 2008

ILUSÕES...




Gosto das pessoas e da possibilidade de me surpreender com elas.

Só detesto me deixar enganar, acreditar demais, desejar demais, sonhar demais.

Assim como as espinhas no rosto do adolescente, as ilusões também não passam e finjo não ver o que estou vendo.

Talvez um dia eu cresça, talvez um dia eu mude. Talvez nunca.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

A VIDA...

A vida é um jogo educativo, movido por peças denominadas experiência. Participa quem quer e quem sabe, e quem não sabe tenta aprender. Cada qual em seu momento, vai encaixando as peças no lugar que já consegue reconhecer como sendo o local que a elas é destinado. Encaixadas todas as peças, pode-se dizer que o espírito já não tem mais nada a experienciar nesse plano e alça a outros, onde novos jogos lhe serão propostos, com objetivos mais inteligentes e sublimes. Nada acontece fora de hora ou de lugar, e cada um aprende o que precisa para avançar em seu estágio de evolução. É a experiência construindo e desenvolvendo o jogo, tornando-o dinâmico, atrativo, pedagógico e extremamente compensador.
Não é porque a vida é como um jogo, que você pode jogar com a vida de outras pessoas. Jogue simplesmente com a sua, viva seu jogo, não faça jogo com a vida dos outros, seja lá o que lhe tenham feito no passado, pisado, magoado, ninguém merece pagar essas consequências, a não ser você mesmo. Eu não permito mais que ninguém faça de mim o que bem quiser, como se eu fosse um objeto, uma mesa, uma cadeira, sei lá. Sou gente de carne osso e coração, bem mais coração, infelizmente. Sou um animal sentimental. Não uma boneca, um fantoche. Joguem seu próprio jogo, sua vida. Não faça dos outros um jogo...

sábado, 19 de julho de 2008

domingo, 13 de julho de 2008

PENSAMENTO DE DOMINGO...

Nossas vidas são repletas de altos e baixos, alegrias e tristezas, encontros e desencontros. Todos os dias nos surpreendemos com situações diferentes, conhecemos pessoas, fazemos escolhas, arriscamos nossa sorte em novas emoções ... Não somos perfeitos. Nenhum de nós está livre de cometer erros e como erramos!! Entretanto, todos temos o direito de parar pra pensar no que é melhor pra nós depois de brigas, desentedimentos e equívocos. Avaliar com cuidado o que queremos quando passa a raiva, o rancor, a mágoa!!.Cada um de nós sabe o que é melhor pra si. Cada um tem o direito de se arrepender, voltar atrás, perdoar.. de seguir em frente. Afinal, somos nós quem arcamos com as consequências de nossas decisões!!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

UM ANJO "MALVADO"

Hoje estou só um caco das emoções do fim de semana mas não poderia ir dormir sem antes vir aqui falar de meu anjo malvado.
Alguém aqui já teve um anjo malvado em sua vida?
Eu tenho um. Não não é ruim, é otimo, maravilhoso, pois como o nome ja diz, ele é malvado sim, mas é um anjo. Aquele que sabe me irritar como ninguém jamais soube, e no outro dia tem o poder de fazer com que eu esqueça tudo e nem fico de bico. Coisa que pra quem me conhece é dificil. Esse anjo já tem me ensinado tanta coisa, me dá cada mordida (lição) mas todas são válidas. Queria escrever um monte de coisa aqui pra ele mas ele sabe que não sei escrever direito, só o que sei fazer muito bem é brigar...rs...´Concorda?
Ah! O nome dele? Tem vários nomes, Azharrel, Animal(o qual eu detesto), punish angel, amigo, companheiro, as vezes insuportável. Deculpa...rs. Mas a sua verdadeira identidade fica em segredo, se não vão querer roubá-lo de mim.
Ah 30 de dezembro de 2007!!!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

RIFA-SE UM CORAÇÃO...

Sou apaixonada por Clarice Lispector. Tudo que ela escreve me cheira a perfeição.Por isso ela sempre estará presente em minha vida e consequentemente em meu blog. E hoje, como de costume, lendo seus escritos me deparei com este, que aumentou mais ainda meu encantamento. Pois se não soubesse que era dela, pensaria que estavam rifando o MEU coração.


Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Clarice Lispector.